A história do produtor Alexandre Wagner e suas marcas de cachaça é realmente interessante. No início dos anos 2000, ele buscava uma atividade rentável para ajudar a pagar as despesas de sua propriedade rural em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais. Apesar de inicialmente não ter interesse em se filiar a uma cooperativa de produtores de cachaça, Alexandre acabou cedendo às insistências de um amigo. Ele percebeu que a produção de cachaça poderia ser uma solução viável para a propriedade rural. Com isso, investiu no negócio, montou um alambique e começou a produzir as cachaças Água da Bica e Rainha do Milênio, em parceria com Edson Oliveira, em 2005. Para divulgar suas cachaças e alcançar o mercado, Alexandre colocou em prática uma ideia criativa chamada "Bate-Papo com Cachaça" no ano seguinte. O objetivo era promover encontros de degustação de cachaças de alambique em bares e restaurantes da região. Essa iniciativa surgiu da constatação de um problema comum enfrentado por muitos produtores de cachaça: a falta de divulgação da bebida. No "Bate-Papo com Cachaça", Alexandre adquiria amostras de aproximadamente 50 marcas produzidas no estado de Minas Gerais e estabelecia parcerias com proprietários de bares e restaurantes. Durante os encontros, os clientes tinham a oportunidade de escolher e degustar diversas cachaças à vontade, enquanto os proprietários dos estabelecimentos lucravam e a cultura da cachaça artesanal era divulgada. A presença da marca Água da Bica era destacada com cartazes e folders nos bares. Nos três anos seguintes, o evento percorreu mais de mil estabelecimentos na Região Metropolitana de Belo Horizonte, resultando em uma cadeia de comercialização. A estratégia aproveitou a cultura dos bares em Minas Gerais, onde os clientes são leais e tendem a retornar aos estabelecimentos que apreciam. Após participarem do "Bate-Papo com Cachaça" e experimentarem a Água da Bica, os clientes voltavam aos bares solicitando a cachaça, o que levou os proprietários a adquirir o produto para atender a demanda. Em 2007, Alexandre também criou a marca Sonhadora, uma cachaça suave envelhecida em tonéis de jequitibá, com teor alcoólico mais baixo, direcionada ao público feminino. Atualmente, as marcas Água da Bica, Sonhadora e Rainha do Milênio são encontradas em cerca de 100 pontos de venda na capital mineira e estão presentes em todo o Brasil. Embora não tenham vendas expressivas em todo o país, Alexandre conseguiu estabelecer parcerias com lojas especializadas e representantes, permitindo que suas marcas fossem adquiridas em diversas regiões. Além das estratégias de mercado, o produtor também investiu na qualidade da produção em sua fazenda, Sítio do Sossego, que possui 75 hectares. Com a consultoria do engenheiro Arnaldo Ribeiro, do Centro de Tecnologia da Cachaça, foram adquiridas dornas de aço inoxidável, maquinário para moagem, alambique, envazadora, filtro para retirada do excesso de cobre, barris e tonéis para a adega com capacidade de 55 mil litros de cachaça. Em 2007, as marcas Água da Bica e Sonhadora receberam o selo do Inmetro como certificação de processo, o que representou um passo importante em sua trajetória. Esse selo atestou a qualidade dos produtos e contribuiu para a reputação e confiança do público consumidor. A história de Alexandre Wagner e suas marcas de cachaça é um exemplo de empreendedorismo, criatividade e dedicação na produção e divulgação da cachaça artesanal.
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