Chico Mineiro

João Xavier Borges, um fazendeiro e boiadeiro, estabeleceu seu primeiro alambique em 1922, às margens do riacho Palmitos, onde, em 1918, já havia erguido a sede da Fazenda Palmitos. Apesar das limitações tecnológicas da época, graças ao seu espírito empreendedor e pioneiro, ele equipou a propriedade com água encanada e as máquinas e equipamentos agrícolas disponíveis na época para a produção agrícola. No seu engenho, ele fabricava açúcar, rapadura, melado e cachaça, que naquela era conhecida como cachaça Xavier. Essa tradição foi mantida anos depois por seus sobrinhos e netos. Em 1991, os netos de João construíram um novo alambique em outro ponto da propriedade, também às margens do riacho Palmitos. Com as novas instalações, houve uma evolução no produto, combinando as práticas tradicionais da produção artesanal mineira com técnicas modernas de produção controlada, incluindo moagem, fermentação, destilação e envelhecimento do produto. A tradição da cachaça artesanal mineira foi sempre preservada, acompanhada pela criação de novas embalagens. A marca Chico Mineiro foi uma homenagem ao lendário peão de boiadeiro, celebrado em verso e prosa, e principalmente uma homenagem ao fundador e pioneiro João Xavier. Por mais de meio século, ele percorreu as estradas do centro-oeste mineiro, conduzindo boiadas, e deixou como legado para filhos, netos e sobrinhos o amor pela vida rural, especialmente pela pecuária, e o apreço pela boa cachaça de Minas.